ZUILA CARVALHO RADIOWEB

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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sais de banho “para emagrecer” podem matar



Seria Sarah (foto acima, em reprodução de dailymail.co.uk) mais uma vítima dos novos sais de banho relaxantes?
Não é a primeira vez nem será a última que uma “droga milagrosa para emagrecer” aparecerá no mercado. Agora, são sais de banho. Em vez de jogados na banheira para relaxar, sao ingeridos ou inalados por adultos ansiosos em perder peso.
Algumas histórias, que parecem de terror, surgiram no exterior. E esse post está aqui como alerta caso a “onda” chegue ao Brasil. Os sais são vendidos na internet, e conhecidos como “ivory wave” – traduzido literalmente, seria “onda do marfim”. Há outros nomes também: Ivory Coast, Purple Wave e Vanilla Sky. São substâncias anunciadas em foruns online para teoricamente “ajudar pessoas a emagrecer”.
Duas supostas vítimas – um homem e uma mulher –  teriam morrido depois de alucinações sofridas com a ingestão dessas drogas. Há duas semanas, um rapaz de 24 anos morreu ao pular de uma rocha, e a suspeita, segundo médicos ingleses, é que teria feito isso sob efeito de alucinações visuais, auditivas e euforia provocados pelos sais. Há uma semana, foi a vez de Sarah Forsyth, 35 anos. Há um ano ela tinha se casado, segundo sua mãe, Margaret Moyle, mas queria emagrecer a todo custo. Teria começado  a usar a Ivory Wave em outubro do ano passado. Ela tinha ignorado a etiqueta que dizia “não recomendado para consumo humano”.
Esses sais vêm em pó em saquinhos. Sua venda é legal, em lojas naturais ou pela internet. Custam o equivalente a R$ 40.
Os pais de Sarah estão convencidos de que foi isso que provocou danos irreversíveis a seu cérebro e afetou seus batimentos cardíacos.
Depois dessas mortes misteriosas, médicos começaram a se preocupar seriamente com a “moda” que pode matar. Esses sais são ingeridos ou cheirados por pessoas obcecadas em perder peso. Em abril, uma substância mais perigosa foi banida. Chamava-se Meow Meow e foi associada a 26 mortes como uma possível causa. Fabricantes não divulgam os  ingredientes que compõem o Ivory Wave.
Sarah nunca tinha sido viciada em nada segundo sua mãe, folheando o album de fotos do casamento da filha. Sarah não se conformava ao rever as fotos: “Meu Deus, estou tão gorda nesse album”, dizia. Aos poucos, seu peso foi caindo, e ela se sentia maravilhosa, dizia que tinha encontrado uma “poção mágica”. Ignorou apelos do marido e dos pais, que alertavam para o emagrecimento excessivo, mas aparentemente ela tinha se viciado na substância. Ela cheirava o Ivory Wave, segundo a mãe. Quatro meses depois, não conseguia dormir mais, tinha ficado paranoica e finalmente entrou em coma, do qual não saiu mais.
Na Inglaterra e na Escócia, dezenas de pacientes com sintomas semelhantes foram internados em hospitais.
Segundo Kate Willmer, cardiologista do hospital West Cumberland, os pacientes chegam com o coração batendo em ritmo acelerado demais, agitados e em paranoia aguda. John Ashton, diretor de saúde pública de um condado inglês, deu um alerta: “usar drogas de qualquer tipo, legais ou não, é um risco”. As pessoas não sabem o que estão tomando, que ingredientes químicos essas drogas têm. E os efeitos variam muito de pessoa para pessoa.
Sabemos que a sociedade induz a essa ditadura da beleza e do emagrecimento, mas é terrível que pessoas, nessa ânsia de parecer esbeltas e esguias, busquem a morte e não a vida, mesmo involuntariamente. Embora não exista hoje prova irrefutável de que esses sais de banho tenham matado consumidores, existe já uma suspeita. Fuja deles.
fonte: Mulher 7x7

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